É só nessa época de verão, calor, praia e piscina que muita gente se lembra da importância de proteger a pele, mas a chamada luz azul, emitida por aparelhos eletrônicos, está presente o tempo todo em celulares, computadores e televisores, e também tem sido assunto em congressos e pesquisas científicas, diante da preocupação com os riscos que pode oferecer à saúde.... A radiação emitida pelo sol tem diferentes energias provenientes de raios, como os ultravioletas A e B, que podem causar modificações na pele e no material genético. Quanto maior a energia, mais nociva para o organismo.... –
Quando a luz alcança o núcleo da célula e consegue fazer alterações nas moléculas de DNA, pode dar origem ao câncer de pele. Embora a luz azul não tenha o mesmo alcance, é motivo de alerta para os especialistas, porque pode estimular a produção de melanina e aparecimento do melasma (manchas de coloração amarronzada), iniciar processos inflamatórios e desencadear o envelhecimento precoce.
* Tipos de radiação.
A luz visível é aquela que podemos ver. Também chamada de espectro visível ou espectro óptico, é a radiação capaz de sensibilizar a retina do olho humano, possibilitando enxergar uma escala de cores do violeta ao vermelho. Dentre elas, a luz azul tem chamado a atenção porque é a mais energética e, portanto, com maior potencial de causar o aumento de radicais livres, inflamação e aumento de substâncias e enzimas que contribuem para a degradação do colágeno e da elastina, proteínas importantes na formação dos músculos e sustentação da pele. A luz invisível é conhecida por três tipos de raios ultravioletas: UVA (ultravioleta A), considerado um inimigo silencioso por se manter incidente durante todo o dia; UVB (ultravioleta B), responsável pela vermelhidão e queimaduras tendo maior exposição entre 9 e 15 horas; e UVC (ultravioleta C), único que não oferece riscos por ser barrado pela camada de ozônio. Os principais responsáveis pelo surgimento do câncer de pele são os raios ultravioletas A e B. Até o momento, não se tem comprovação científica sobre o aumento do risco da doença com a exposição prolongada à luz de aparelhos eletrônicos, mas um estudo de caso-controle feito na Espanha e publicado no jornal americano Environmental Health Perspective, em 2018, aponta que a exposição à luz artificial durante o trabalho noturno aumenta o risco de câncer, com associação em maior grau ao câncer de próstata e menor grau ao câncer de mama.
*Fatores de proteção.
Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), o segredo da proteção contra a radiação está no uso diário de protetor solar desde a infância, inclusive em dias nublados e com luminosidade indireta, como a exposição ao sol através de um vidro ou janela, e na quantidade de aplicação do produto. É consenso entre os especialistas que o FPS (fator de proteção solar) recomendado é acima de 30, sendo necessário aplicar duas vezes em cada local do corpo, antes da exposição, e reaplicar a cada duas horas. Para se proteger dos danos causados por todos os tipos de radiação em um único produto, recomenda-se fazer uso do protetor solar com cor e maior FPS possível, além de utilizar boné e camisas com proteção UV (ultravioleta)..
A diferença entre o FPS 30, FPS 60, e assim por diante, está na quantidade de radiação que consegue passar pelo produto e na quantidade de substância protetora contra os raios UVA e UVB. Então, quanto maior o fator, maior será a barreira de proteção para que os raios não entrem em contato com a pele. No caso de suor constante, filtros resistentes à água são os mais indicados.
Somente o uso de maquiagens não é suficiente para se proteger contra as diferentes radiações, mas, quando associadas ao uso do filtro solar com cor, garantem maior cobertura sobre a pele e portanto, maior proteção.